terça-feira, 13 de abril de 2021

DIA DO BEIJO

 

A 13 de abril comemora-se o Dia Internacional do Beijo. Infelizmente, este ano, devido à Covid-19, não podemos andar por aí a distribuir beijocas repenicadas ou «selinhos», mas podemos descobrir que significados o beijo tem na nossa cultura e na de outros povos.

Uma princesa acorda de um sono eterno depois de ser beijada por um príncipe. Uma outra princesa quebra um feitiço ao beijar um sapo. Dois namorados declaram a sua paixão dando um beijo. Podíamos escrever um texto inteiro só com exemplos de momentos em que o beijo é uma forma especial de expressar sentimentos. Em quase todas as culturas existe o costume de beijar. Mas são diferentes as situações em que se pratica e as maneiras de o fazer.

O beijo na boca

Para nós, este é o beijo dos namorados, dos apaixonados. Na Rússia é normal dois homens beijarem-se na boca sem que haja qualquer sentimento de afecto. Este beijo serve para selar acordos políticos. A tradição vem do tempo dos czares, o título que os monarcas tinham naquele país até 1917. Quando o czar queria distinguir alguém, em vez de dar medalhas, beijava-o nos lábios.

Para os japoneses, está fora de questão beijarem-se em público na boca ou na cara. O gesto é considerado mal-educado, mesmo entre amigos. Os casais japoneses só se beijam discretamente ou dentro de casa. Os americanos também não usam o beijo entre amigos; preferem o aperto de mão.
E há povos que não se beijam de todo. É o caso de Myanmar (antiga Birmânia), um país do Sudeste asiático. Ali, nem sequer têm a palavra beijo na sua língua.

Os maiores beijoqueiros

Pelo contrário, os argentinos e os italianos beijam-se com a maior das naturalidades. É até vulgar dois homens saudarem-se trocando beijinhos no rosto. Mas os maiores beijoqueiros são, sem dúvida, os franceses. Não dão dois beijinhos como os portugueses, nem três como os belgas. Os franceses dão quatro beijos quando se cumprimentam, dois em cada bochecha.

Outra coisa engraçada em relação aos beijos é que, dependendo do sítio onde são dados, têm um significado diferente. O mais comum é o beijo na cara. Serve para dizer olá, adeus, gosto de ti, estou feliz, obrigado e desculpa. Já um beijo dado na testa é sinónimo de carinho e de respeito. Em situações solenes, dá-se um beijo nas costas da mão. Por exemplo, beija-se a mão ao Papa ou à Rainha de Inglaterra.

Os beijos são mágicos

Quando os filhos são bebés, os pais beijam-nos por todo o lado: barriga, pés, mãos, braços, pernas, pescoço, costas e bochechas e sempre que lhes apetece. É uma forma de expressarem o seu amor. À medida que crescem, os filhos vão dando a entender aos pais que os beijos não são para dar a toda a hora. A excepção é quando têm febre. Aí justifica-se um beijo na testa – sabe bem e serve de termómetro.

Os beijos são tão mágicos que até se dão nos objectos e no ar. Por exemplo, quando um atleta ganha uma prova, beija a medalha. Na final de um campeonato, os futebolistas beijam a taça. Às vezes as saudades matam-se com um beijo numa fotografia. Quase todos os artistas atiram beijos à plateia.

Este artigo foi originalmente publicado na edição nº37 da VISÃO Júnior

retirado de https://visao.sapo.pt/visaojunior/noticias/2021-04-13-dia-do-beijo-curiosidades-e-significados/

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